Porquê?

Porquê o "Palavras nas dunas"?

Partir de dentro para fora e abrir as portas à alma, soltar o que ficou guardado durante anos e partir para viagens diversas através da palavra é o grande desafio. Em prosa ou em verso, o comentário, a opinião, o desabafo, a experiência, a alegria, a boa disposição, o novo, o antigo, ... encontrarão sempre um espaço de partilha por aqui.


Desde muito jovem tive o hábito de fazer registos de coisas que me aconteciam, de outras que gostaria que acontecessem, de situações que eu presenciava, enfim, precisava de escrever e fazia-o de várias formas, em folhas soltas, em cadernos, em agendas, ... os recursos eram escassos e, por isso, não havia caderninhos fofos e coloridos.
Estes registos, assim desorganizados, mantiveram-se por muito tempo mas o espaço, as mudanças, as circunstâncias fizeram muito do trabalho de "fazer desaparecer" cadernos, agendas e diários.
Por outro lado, a leitura feita anos após a escrita foi muito crítica e varreu grande parte do que havia.
Hoje, uma nova leitura teria tido um efeito diferente. Teria sido mais tolerante, teria aceite de forma diferente as inocências e ingenuidades constantes desses escritos.
Quanto a isso, o que resta fazer é aceitar.
Com o aparecimento do computador passou a ser mais fácil arquivar.
Além disso, as leituras posteriores desses arquivos - agora mais tolerantes -  permitiram mantê-los até hoje. 
Aliado a tudo isto e, talvez, por influência de Fernando Pessoa quando diz: "Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura" fui adquirindo uma capacidade e um gosto muito especiais pela observação do que se passa à minha volta e passei a sentir necessidade de partilhar os resultados dessa observação.
Assim, o que se vai publicar aqui será um conjunto de escritos antigos, outros mais recentes, sem qualquer ordem pré-definida, cronológica ou outra, das tais coisas que me aconteceram, de outras que gostaria que tivessem acontecido, de situações que presenciei, de opiniões, sentimentos, desabafos, sendo, ora protagonista ora simples observadora.
Aos meus leitores, resta-me agradecer a visita, a leitura, os comentários e desejar que, depois de terem passado por aqui, sintam que partem diferentes.
Abraço e bem hajam! 

P.S. Os meus "escritos" não respeitam o Novo Acordo Ortográfico. 

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